quinta-feira, 13 de maio de 2010

Dia da espiga - (Curiosidades)

O Dia da Espiga, coincidente com a Quinta-feira da Ascensão, é uma data móvel que segue o calendário litúrgico cristão e que este ano é celebrada a 13 de Maio.

Mas, se actualmente poucas são as pessoas que ainda vão ao campo nessa quinta-feira, abandonando as suas obrigações, para apanhar a espiga, ou que se deslocam às igrejas para participar nos preceitos religiosos próprios da data, tempos houve em que, de norte a sul do país, esta foi uma data faustosa, das mais festivas do ano, repleta de cerimónias sagradas e profanas, que em muitas zonas implicava mesmo a paragem laboral. A antiga expressão “no Dia da Ascensão nem os passarinhos bolem nos ninhos” deriva dessa tradição.

A origem deste dia é, contudo, muito anterior à era cristã. Este dia é um herdeiro directo de rituais gentios, realizados durante séculos, por todo o mundo mediterrâneo, em que grandiosos festivais, de intensos cantares e danças, celebravam a Primavera e consagravam a natureza.

Para os povos arcaicos, esta data, tal como todos os momentos de transição, era mágica e de sublime importância. Nela se exortava o eclodir da vida vegetal e animal, após a letargia dos meses frios, e a esperança nas novas colheitas.

A Igreja de Roma, à semelhança do que fez com outras festas ancestrais pagãs, cristianiza depois a data e esta atravessa os tempos com uma dupla acepção: como Quinta-feira de Ascensão, para os cristãos, assinalando, como o nome indica, a ascensão de Jesus ao Céu, ao fim de 40 dias; e como Dia da Espiga, ou Quinta-feira da Espiga, esta traduzindo aspectos e crenças não religiosos, mas exclusivos da esfera agrícola e familiar.

O Dia da Espiga é então o dia em que as pessoas vão ao campo apanhar a espiga, a qual não é apenas um viçoso ramo de várias plantas - cuja composição, número e significado de cada uma, varia de região para região –, guardado durante um ano, mas é também um poderoso e multifacetado amuleto, que é pendurado, por norma, na parede da cozinha ou da sala, para trazer a abundância, a alegria, a saúde e a sorte. Em muitas terras, quando faz trovoada, por exemplo, arde-se à lareira um dos pés do ramo da espiga para afastar a tormenta.

Não obstante as variações locais, de um modo geral, o ramo de espiga é composto por pés de trigo e de outros cereais, como centeio, cevada ou aveia, de oliveira, videira, papoilas, malmequeres ou outras flores campestres. E a simbologia de cada planta, comumente aceite, é a seguinte: o trigo representa o pão; o malmequer o ouro e a prata; a papoila o amor e vida; a oliveira o azeite e a paz; a videira o vinho e a alegria; e o alecrim a saúde e a força.

Além destas associações basilares ao pão e ao azeite, a espiga surge também conotada com o leite, com as proibições do trabalho e ainda com o poder da Hora, isto é, com o período de tempo que decorre entre o meio-dia e a uma hora da tarde, tomando mesmo, nalguns sítios do país a designação de Dia da Hora. Nas localidades em que assim é entendida esta quinta-feira, acredita-se que neste período do dia se manifestam os mais sagrados e encantatórios poderes da data e nas igrejas realiza-se um serviço religioso de Adoração, após o qual toca o sino. Diz a voz popular que nessa hora “as águas dos ribeiros não correm, o leite não coalha, o pão não leveda e até as folhas se cruzam” . Nalgumas povoações era também do meio-dia à uma que se colhia a espiga.

Noutras regiões ainda, esta data é dedicada ao cerimonial do leite. Na aldeia da Esperança, no concelho de Arronches, este é aliás o “Dia do Leite” e os produtores de queijo ordenham o seu gado e oferecem o leite a quem o quiser. Também em Guimarães, e em muitas freguesias do concelho de Pinhel, o leite ordenhado neste dia é oferecido ao pároco. Em Santa Eulália, no concelho de Elvas, esse leite é dado aos pobres, acreditando-se assim que a sarna não atingirá as cabras.

Nas zonas onde esta data é associada à abstenção laboral, cessam-se muitas actividades como a cozedura do pão ou a realização de negócios. Na Lousada, em Penafiel, não se cose nem se remenda e há quem deixe comida feita de véspera para não ter de cozinhar neste dia.

No que diz respeito ao sul do país, e sobretudo na actualidade, a maioria das tradições do Dia de Espiga resume-se à apanha do ramo da espiga, ao qual, em muitos sítios, se adiciona também uma fatia de pão, para que durante todo o ano não falte este alimento em casa.

OLIVEIRA, Ernesto Veiga - Festividades Cíclicas em Portugal. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1984. 357 p.(Colecção Portugal de Perto n.º 6).

domingo, 25 de abril de 2010

25 de Abril de 1974

Boa tarde!


Procurem no blogue e encontrarão muita informação sobre esse dia e não só..., conhecido por Revolução dos Cravos.


sábado, 6 de fevereiro de 2010

Cantinho da turma do 6º C

Olá a todos!
Alunos, Professores, Encarregados de Educação, Pais,...
Após vários meses de trabalho, o nosso cantinho foi  tomando forma e creio que já se sentia a falta de um espaço, onde fosse possível comentar o cantinho como um recurso e uma forma diferente de aprender. Assim, abro este ponto de encontro, onde a troca de opiniões e de sugestões por parte de todos, será sempre bem-vinda. (Para tal basta escrever um comentário).
  A professora Alice Frade  e os alunos do 6º C agradecem a vossa participação.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Sonhar é...




Sonhar é … viajar por outros mundos;

Sonhar é … uma “coisa” muito bonita;

Sonhar é … conseguir ter imaginação;

Sonhar é … uma passagem para o mundo da fantasia, é onde nos lembramos do passado e prevemos o futuro;

Sonhar é … viver, para quando formos grandes, fazermos os outros sonhar também;

Sonhar é … ver a fantasia que nós imaginamos e as brincadeiras cheias de cores;

Sonhar é … bom! Eu gostava de nunca envelhecer e de ter uma casa grande;

Sonhar é … viver no mundo da fantasia. É trabalhar para conseguirmos ter no futuro, aquilo com que sonhámos;

Sonhar é… tudo aquilo que nós conseguirmos imaginar, desde querer ser uma coisa ou querer tê-la. Sonhar é fantástico e maravilhoso;

Sonhar é… uma mistura de acontecimentos que o nosso subconsciente vai buscar durante o sono;

Sonhar é … fazer dos sonhos realidade;

Sonhar é … a principal “coisa” para viver e crescer com alegria e fantasia;

Sonhar é … brincar, fantasiar e lutar;

Sonhar é … ter alegria e viver com alegria;

Sonhar é …quando estamos a dormir e a pensar;

Sonhar é … uma “coisa” espectacular;

Sonhar é… imaginar que algo se torna realidade. Sonhar é fantástico;

Sonhar é… um desenho. É poder viajar de um lado para o outro. Nos sonhos podemos fazer tudo o que nós quisermos.

Sonhar é… um conto, é uma coisa divertida, embora por vezes sonhemos coisas assustadoras;

Sonhar é… tentar chegar onde queremos;

Sonhar é… sair para fora da realidade, é não ter limites no nosso querer.


Ilustração de Catarina França


Autores das frases : David Belga; David Ferreira; Fábio Amarino; Duarte Martins; Márcia; Alexandre Verdú; Tomás Morais; Filipa Jorge; Maria; Cristina; Duarte Vermelhudo; Nuno; Ricardo; David Carvalho; Vítor; Danny; Inês; Márcio; Joana; Pedro e Dinis .

Turma do 6º C

( Actividade realizada a partir da obra " Rosinha, o Mar e os Sonhos", de Rosário Alçada Araújo, porque os livros não têm idade )

Nota: Livro aconselhado no Plano Nacional de Leitura para o pré-escolar.

domingo, 20 de dezembro de 2009

A fábrica dos brinquedos




   Há muito, muito tempo, viveu um homem muito grande e forte mas também muito velhinho. As barbas brancas quase lhe tocavam no peito e o seu cabelo comprido estava em desalinho.
   Um dia, Nicolau - assim se chamava ele - sentou-se ao pé da janela a meditar. A certa altura, olhou através da vidraça: lá fora nevava. Era Inverno! Os vários pinheiros do seu jardim estavam cobertos de um manto espesso e branco. Porém, umas pegadas na neve despertaram-lhe a atenção. Um pouco mais adiante, estava um mendigo. Esse pobre homem, que era um sem-abrigo, estava mal agasalhado, descalço e sozinho. Noel, que tinha um coração de ouro, abriu a janela e chamou-o:
   - Vem cá, homem! Onde é a tua casa?
   - Ah! A minha casa?! Eu não tenho casa.
   - E a tua família?
   - Oh! Esses…nunca os conheci. Vivia com a minha avó, mas ontem ela morreu, não aguentou o frio deste Inverno…
   - Meu Deus! Mas, que vida tão triste a tua! E agora?! Com quem vives? Sozinho?
   - Sim, agora vivo sozinho.
   - Mas… e ... e não tens frio, mal agasalhado e descalço? Bem que precisas de um par de sapatos, de uma camisola e de um casaco! Vou pedir à minha mulher que te faça uma camisola e vou fazer-te eu próprio um par de sapatos! E sabes que mais? Se quiseres colaborar comigo!
   - Oh! Muito obrigado, senhor. Que devo fazer para colaborar consigo?
   - Eu vou explicar tudo: a minha mulher andava a dizer-me que eu precisava de um trabalho para me entreter. Eu fiquei um bocado confuso: como poderia eu arranjar um emprego de um dia para o outro? E então, quando te vi, lembrei-me imediatamente de um bom passatempo para nós os dois! E até fazíamos uma boa acção e tudo! A minha ideia era construirmos uma fábrica de brinquedos onde trabalharíamos todo o ano para obtermos os melhores e mais bonitos presentes para oferecermos aos meninos bem comportados no final do ano. Podíamos também dar um nome à data de entregar as prendas. Hummm, pode ser NATAL, em honra da minha mulher Natália.
   - O senhor, isto é, o Nicolau tem ideias fabulosas! Para mim o senhor é um verdadeiro santo!
   - Oh! Oh! Oh! Não sou nada! Sou apenas o Pai Natal! É um bom nome para quem inventa o NATAL! No NATAL, todas as prendas devem estar prontas. Treinarei as minhas renas para grandes viagens, prepararei o meu trenó e… já me estou a ver a cruzar os céus!!!!! Só tu poderás estar comigo no trenó, para levares o saco com as prendas!
   - Mas, Pai Natal, quando é que vai ser o NATAL?
   - Oh! Meu Deus! Não tinha pensado nisso! Mas, até pode ser no dia em que nasceu Jesus! Ele ficaria orgulhoso de nós! Portanto o NATAL é no dia 25 de Dezembro! É verdade, como te chamas meu amigo?
   - Chamo-me Cristóvão.
   - Muito bem, Cristóvão, vamos já contar tudo à minha mulher!
   Natália ficou encantada com a ideia do marido e prontificou-se logo a chamar todos os duendes empregados para ajudarem na construção da fábrica. Estes adoraram a ideia de passar a trabalhar numa fábrica e empenharam-se mais que nunca na sua construção. Em menos de cinco dias a fábrica estava pronta!
   Naquele ano todos os duendes tiveram de trabalhar em velocidade máxima, pois o NATAL estava à porta! Todos os dias a fábrica de brinquedos do Pai Natal recebia dezenas de cartas de todos os meninos e meninas do mundo, a encomendarem os seus presentes de NATAL. A todas as cartas o Pai Natal respondia dizendo que se portassem bem.
   E o prometido é devido: os duendes carregaram as prendas até ao trenó e Cristóvão pô-las no grande saco do Pai Natal.
   À meia-noite em ponto, o trenó cruzava o céu puxado pelas renas, carregando o saco dos presentes, o Pai Natal, e, claro, Cristóvão!
   Ainda hoje, sempre que é a noite de Natal, podemos ver o grande trenó com o Pai Natal e Cristóvão, se olharmos para o céu à meia-noite em ponto …

Ana Onofre, 11 anos, Cartaxo (Adaptado por Vaz Nunes - Ovar)

Recolha realizada por Inês Carapinha (6º C) em:
http://web.educom.pt/pr1305/natal01.htm

sábado, 21 de novembro de 2009

"Passa pelo Rossio III"


 No sábado, dia  31 de Outubro de 2009, participámos na Feira “Passa pelo Rossio III” .
  Um dos  objectivos desta feira é angariar dinheiro para a viagem de finalistas dos alunos do 9º ano.

  A feira continha várias tendas: a tenda dos produtos hortícolas; a tenda dos livros; a tenda das bijutarias;  a tenda das flores; a tenda velharias " Faça você o preço"; um  bar e  vários  jogos de diversão.

   De manhã, todos ajudaram a montar a feira.
   Eu ajudei também a vender com a professora Rosa e a professora Paula . A  nossa tenda  vendia o artesanato que nós próprios tínhamos feito, por exemplo, abóboras decoradas e pegas.
    Eu andei muitas vezes no insuflável e foi muito divertido!

 
 Como era dia de Halloween também fui à casa assombrada e participei no concurso de abóboras com a Filipa Jorge.
 A nossa pontuação foi de 16 pontos. Eu acho que a feira estava muito gira e divertida.
A  Directora de Turma no final  da feira disse que a nossa participação tinha sido  excelente.

Cristina (6º C)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A Bruxa Mimi no Natal




 No Natal, a  Bruxa Mimi decidiu organizar um jantar de família, um jantar para comemorar o Natal.
  Enviou convites para toda a família.
   No dia 25 de Dezembro estavam todos na casa da Bruxa Mimi. Tinham roupas lindas e  gorros vermelhos.
   A Bruxa Mimi disse:
   - Bem,  vamos jantar!
   E a família da Bruxa Mimi foi toda jantar.
  À mesa todos ficaram deliciados com os cozinhados da Bruxa Mimi.
   A irmã da Bruxa Mimi exclamou:
   - Que comida deliciosa! Já á bastante tempo que não comia nada de tão bom.
   A Mimi agradeceu:
   - Obrigada! Agora é melhor irmos para a sala, porque já são horas de ir abrir os presentes.
   Ao dirigirem-se para a sala a Bruxa MImi.perguntou pelo seu gato e a sua irmã disse-lhe que ele estava a comer.
   De repente,  um senhor desce as escadas vestido de Pai Natal com com um barrete vermelho e cintilante e com um saco vermelho cheio de prendas. Ao seu lado vinha o gato da Bruxa Mimi.
   A Bruxa Mimi perguntou:
   - Desculpe, quem é o senhor?
   O Senhor respondeu:
   - Eu chamo-me Nicolau, mas não sou o Pai Natal. Costumo  andar por ai a dar presentes aos meninos, falaram-me de si e eu vim cá dar-lhe também um presente.
   A Bruxa Mimi disse:
   - Acho que fez bem em ter vindo cá. Assim fica cá a comemorar o Natal connosco.
   O Nicolau concordou:
   - Acho uma óptima ideia. Agora vamos todos dançar, cantar…
   - Por que não é Natal todos os dias ?
   Todos se divertiram até de manhã.

Inês Carapinha (6º C)